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sexta-feira, 21 de outubro de 2016



Pássaros peculiares

Poderia
Porventura
Pensamento parturiente
Produzir poema
Proferindo palavras
Principiadas particularmente por P?

Principiemos!

Pássaros paramentados
Plumagem primorosa
Penas: peculiaridade portentosa.

Principescos passarinhos pulantes
Piam perfeitos pentagramas
Ponderadas partituras.

Primavera
Padreiam produzindo pintos pelados
Pimpolhos pedinchantes
Prole promissora.

Pica-paus pomposos
Pretos, pardos, pintalgados
- Penacho perdulário -
Picam pinheiros, palmeiras, perobeiras
Perpetrando poderosas pancadas.

Papagaios
- Primeiros percebidos pelos portugueses -
Produzem pilhéria.

Peneireiro plana por planaltos pedregosos
Paira - Pés pendentes
Procurando potencial presa
Preá peregrino
Perambulando perigosamente
Perdido pelas pastagens
Pode parecer-lhe precioso petisco.

Patos parrudos palmípedes
Pretos paturis preguiçosos
Pernaltas paludícolas
Pacientes pernilongos
Pachorrentas picaparras
Padejam poça pequena
Partem plantas palustres
Pescam peixinhos prateados
Pisam pedras polidas
Parados preguiçosamente
Pelas plácidas praias pluviais:
Paisagem paradisíaca.

Piracema
Peixes pulam
Passando pelas pedreiras
Para poderem procriar
Pescado:
Prato preferido pelos piscívoros
Provimento profuso
Pacu, piau, piraputanga
Piranha - pitoresco predador.

Pisa-n’águas, pelicanos, pardelas
Portando pés palmados:
Perspicazes pescadores pelágicos.

Perdizes perambulam por planas pradarias
Pintos-d’água pelejam perigosas pugnas.

Papa-moscas, patativas, pombas...
Plumas, pose, pompa
Pássaros: perfeição peculiar.

Poema produzido!

terça-feira, 18 de outubro de 2016



Saci

Tempo quente de verão
Chora sem fim mati-taperê
Seco fica o seco sertão
Canta, canta o saci-pererê
Mas o bicho ninguém vê

Movimento, só do topete e da garganta:
Peixe-frito-seu-veríssimo.


Natureza amistosa

Nessas matas sombrias
Onde pia distante o macuco
E canta lamúria o jaó
Durante as manhãs frias
Voz agourenta do cuco
Nas grotas do cafundó

Nessas noites de cândido luar
Quando canta triste o urutau
Fantasmagorizando a escuridão
Ao sol prefere embrenhar
Dissimulado na ponta de um pau
Perdido algures no sertão

Claras correntes de águas
Por entre as pedras polidas
Alegre canção da natureza
Apagam d’alma as mágoas
Suscitam e mantêm vidas
Fluxo de incessante pureza