Natureza amistosa
Nessas matas sombrias
Onde pia distante o macuco
E canta lamúria o jaó
Durante as manhãs frias
Voz agourenta do cuco
Nas grotas do cafundó
Nessas noites de cândido luar
Quando canta triste o urutau
Fantasmagorizando a escuridão
Ao sol prefere embrenhar
Dissimulado na ponta de um pau
Perdido algures no sertão
Claras correntes de águas
Por entre as pedras polidas
Alegre canção da natureza
Apagam d’alma as mágoas
Suscitam e mantêm vidas
Fluxo de incessante pureza
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