Sertão, meu pedaço de chão
Na terra seca do meu sertão
Canta a codorna, o nhambu e o perdigão.
Quando amanhece lá no capão
Canta a seriema pousada no estradão,
A garça branca no ribeirão.
Sertão, meu pedaço de chão.
Quando entardece lá no grotão
E a noite cai com a sua escuridão
Voa o curiango no capoeirão,
Canta o urutau lá na ponta do mourão
E a coruja no cerradão.
Sertão, meu pedaço de chão.
Naquele rancho, felicidade é certa;
Deixo a janela aberta;
Na alvorada a passarada me desperta,
As saracuras em dueto na hora certa;
Na natureza o dia dá o seu alerta.
Sertão, meu pedaço de chão;
Sertão, lar do meu coração.